sexta-feira, maio 01, 2009

Louise-Michel, de Benoit Delépine, Gustave Kervern (2008)

Indie Lisboa 2009


Depois de Aaltra, eis mais um brilhante filme desta dupla de realizadores belgas. Louise é uma muito sui generis funcionária de uma fábrica de brinquedos, e igualmente personagem única lá do sítio. Com o fecho da fábrica onde trabalha, que apanhou todas as funcionárias de surpresa, decidem "resolver a questão" de uma forma radical, enbeçadas por Louise. É com essa missão que Louise conhece Michel, uma espécie de assassino profissional, mas que tem muito pouco de assassino e não é mesmo nada profissional. Também ele próprio é uma figurinha interessante, uma espécie de Joane, o Parvo, à Gil Vicente. Ambos não desistem da sua missão, matar o dono da fábrica, e são hilariantes as peripécias e contratempos que surgem até atingirem o seu objectivo e não poupando inocentes. Por detrás deste aparente caos, que é uma característica dos seus filmes, esconde-se uma feroz crítica mordaz ao mundo neo-liberal e da globalização. Pode ser que estreie por cá, como chegou a suceder com Aaltra, que tem direito a edição nacional em DVD.



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