segunda-feira, janeiro 22, 2007

Scoop, de Woody Allen
com Woody Allen, Scarlett Johansson, Hugh Jackman

Estamos de volta ao grande dilema (anual) de avaliar mais um filme de Woody Allen.
Scoop junta novamente Woody Allen a Scarlett Johansson, desta vez contracenando. Como é hábito há 2 eixos de crítica que são basilares na ánalise de um filme de Allen, a comparação com o filme anterior, e as associações que se possam encontrar com filmes passados. Assim, e fazendo jus a esse modelo de análise pouco imaginativo e repetitivo, podemos dizer que Johansson está bem e recomenda-se, incorporando as neuroses, tiques e manias de Allen. A actriz contracena aqui com Allen fazendo lembrar Diane Keaton nomeadamente em "O Misterioso Assassinio em Manhattan" filme que também abordava a temática do assassinato. Woody Allen, regressa a um papel de humor mais fisico, lembrando as suas primeiras obras como "O Heroi do ano 2000", o eterno desastrado e desajeitado, o bôbo das cartas de Tarot.
A magia e o ilusionismo estão de regresso após "A Maldição do Escorpião de Jade". Neste liquidificador alleniano onde se misturam vários ingredientes tipicos, o resultado é agradável, ainda que esteja longe de ser um filme genial. Não sou de opinião que a fasquia estava demasiado elevada com o antecessor "Match Point" e que "Scoop" seja uma desilusão. "Scoop" é um filme radicalmente diferente do anterior, ainda que o ambiente londrino e aristocrata faça lembrar "Match Point" bem como ser protagonizado pela mesma actriz. Mas "Scoop" (gosto do nome, por isso o repito tantas vezes) é um bom filme de Woody Allen.
Apenas nota menos positiva para o desfecho um pouco atabalhoado do filme. Como já vem sendo hábito, Allen parece que tem sempre pressa de acabar o seu filme quando chega aos 80 e tal minutos, e isso nem sempre contribui para um final digno.
Manhattan já começa a deixar saudades, mas venha o próximo, passado em Espanha.

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