domingo, outubro 30, 2005

Sábado molhado com "Sweet And Lowdown"

Emmet tinha medo de amar e ser amado. A história de um homem que se julgava o centro do Universo, o melhor Artista, o melhor Amante, o melhor Homem (embora sempre atormentado pela existência de Django Reinhardt (artista real), cuja existência o relega para segundo melhor guitarrista do mundo. Emmet não queria grandes envolvimentos. O seu ideal de mulher é a mulher que não fala, submissa, que apenas o serve e ouve a sua música. Essa liberdade seria a garantia do seu sucesso enquanto artista. O filme passa-se no início dos anos 30 e é um documentário de ficção, fantasista no qual acompanhamos a carreira de um guitarrista americano (fictício), Emmet Ray (Sean Penn), intercalada com comentários de diversos especialistas e músicos de jazz, entre os quais o próprio Woody Allen. Apesar de todos os seus grandes defeitos morais, Emmet sensibiliza-nos.
Através da Noite/Sweet and Lowdown Realizado por Woody Allen EUA, 1999 Cor – 95 min. Com: Anthony LaPaglia, Brian Markinson, Gretchen Mol, Samantha Morton, Sean Penn, Uma Thurman, James Urbaniak, John Waters

sábado, outubro 29, 2005

Parto difícil

O Sr. Primeiro Ministro lamenta mas, "Sócrates adia aborto por um ano", título em Correio da Manhã, 29/10/2005

terça-feira, outubro 25, 2005

Russian Matryoshka

Algures em Outubro/Novembro de 2001, assisto ao filme Inteligência Artificial (A.I.) no Cine-Teatro do cinema Monumental no Saldanha. A pretexto de ver um projecto inacabado de Kubrick, ainda meio embriagado com O Laranja Mecânica que vi tardiamente, e no rescaldo da, então, recente morte do realizador, lá estive pela última vez em alguns anos na principal sala daquele cinema. 15 de Abril de 2003, Cinema S. Jorge. O filme em cartaz nessa mítica sala Lisboeta é L'AUBERGE ESPAGNOL (A Residência Espanhola). Um pouco por acaso mas com o espírito do recém Erasmus que alguns amigos efectuaram naquela época e prestes a viajar até Barcelona (onde decorria a acção central do filme) assisti a uma comédia (que no momento me pareceu hilariante) e que me fez, mal cheguei a casa, sacar o filme da internet e aquando da compra em DVD revê-lo de imediato. 23 de Outubro de 2005, a História entrelaça-se e dois momentos paralelos entrecruzam-se: Cine-Teatro Monumental e LES POUPÉES RUSSES (As Bonecas Russas). O filme aparentemente chega a todo o tipo de pessoas, a sala estava praticamente cheia. Do meu lado esquerdo um senhor idoso (o que faria ali?) dormitava, não conseguia contudo concretizar o seu sono, já que as palmadinhas atentas de sua excelentissima velhota não lhe permitiam tal ousadia. No chão, alguma coisa movimentava-se continuamente e me tocava de forma constante, levando-me a encolher sempre as pernas, algo que vim a saber mais tarde ser uma garrafa de água teimosa, irritadiça e insistente. Cédric Klapisch (o realizador do filme) acertou mais uma vez. Romain Duris num registo completamente diferente de DE BATTRE MON COEUR S'EST ARRÊTÉ (De Tanto Bater o Meu Coração Parou). Não sei quando haverá de novo um filme que me leve ao abrangente Cine-Teatro do Monumental. Não sei quando é que o S. Jorge voltará a projectar cinema.

sábado, outubro 22, 2005

Vícios privados: "Lost"

O cinema americano mainstream nunca me seduziu. Grandes produçoes que envolvem milhões, comédias banais que exploram lugares comuns da vida adolescente, da loura burra ou do cidadão médio americano. Puro entretenimento, dirão alguns e as massas bem querem e precisam, reiteram. Os chamados Blockbusters inundam os nossos cinemas e as nossas televisões, mas os EUA não sabem fazer bom cinema para entreter. Já a boa televisão de entretenimento fazem melhor que ninguém. A série Lost é um excelente exemplo disso. No cinema seria um hit que levaria milhares de pessoas a ver um filme onde algumas dezenas de tripulantes de um avião que fazia a travessia Sydney-Los Angeles, se despenha e cai numa ilha deserta. O enredo seria qualquer coisa como a história de algumas peripécias vividas pelos tripulantes, o ambiente misterioso da ilha e um romance qualquer entre os dois ou três protagonistas. No final, conseguiriam ser resgatados e até havia lugar a casamentos. Mas na tv, a américa sabe fazer a coisa de outra forma. Lost é uma das melhores produções televisivas dos últimos anos. É um vício. A segunda série ainda não estreou em Portugal... mas no leitor de Divx já passam os novos episódios em simultaneo com a transmissão nos EUA. Não resisti...

domingo, outubro 16, 2005

Alice

Finalmente vale a pena sair de casa para ver cinema português. Boa realização, boa fotografia, boas representações (a antítese da maior parte dos filmes portugueses) e uma forma de abordar a temática digna de bom cinema. O cinema é isto!
Sinopse: "Passaram 193 dias desde que Alice foi vista pela última vez.Todos os dias Mário, o seu pai, sai de casa e repete o mesmo percurso que fez no dia em que Alice desapareceu. A obsessão de a encontrar leva-o a instalar uma série de câmaras de vídeo que registam o movimento das ruas. No meio de todos aqueles rostos, daquela multidão anónima, Mário procura uma pista, uma ajuda, um sinal...A dor brutal causada pela ausência de Alice transformou Mário numa pessoa diferente mas essa procura obstinada e trágica, é talvez a única forma que ele tem para continuar a acreditar que um dia Alice vai aparecer." in Atalanta Filmes

Com: NUNO LOPES Mário (pai) BEATRIZ BATARDA Luísa (mãe)
De: MARCO MARTINS (argumento e realização)

terça-feira, outubro 11, 2005

Seis anos de mudança

Lisboa, 11 de Outubro de 1999 - 11 de Outubro de 2005

"Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens...que ser assim?...

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar"

Humanos, Muda de Vida.

segunda-feira, outubro 10, 2005

TV Nostalgia

Duarte & Companhia em DVD


Nós somos Duarte & Cª, Nós somos Duarte e Cª...!

sexta-feira, outubro 07, 2005

Há coincidências...

... e não são poucas.

Quem o conhece dificilmente imaginaria que ele se tornaria conhecido do grande público através da análise de uma matéria prima tão pobre como a obra de Margarida Rebelo Pinto (foi capa do jornal 24 horas - tão mau ou pior que a obra da referida autora).
Ainda assim o exercício de análise levado a cabo por João Pedro George roça a genialidade e pode ser apreciado no seu blog.

www.esplanar.blogspot.com

De tanto bater o meu coração parou



Bate em leve, levemente...