quarta-feira, novembro 14, 2007

Sicko, de Michael Moore

No cinema Nimas, Lisboa

Desta vez Michael Moore foi longe demais. Com "Sicko", o realizador está mais tendencioso, simplista e ficcional que nunca. O seu objectivo é mais uma vez demonstrar o lado podre da América, mais especificamente o sistema social de saúde, contrapondo-o a países que considera exemplos "democráticos", como Canadá, França, Inglaterra ou mesmo Cuba. Fá-lo, sem comparar mais nenhuma variável, isolando o sistema de saúde e tecendo as consideraçoes que bem lhe apetece. Não estávamos à espera de outra coisa. Este filme não é obviamente um trabalho jornalistico isento, mas sim um documentário que é claramente a visão do homem, cidadão e realizador Michael Moore. Mas é precisamente essa atitude de moralizar sem parecer que o está a fazer, ou o acto de criticar, dando a ilusão que apresenta todos os lados da moeda, que faz do realizador um caso ímpar. Quanto mais não seja pela comicidade do filme, ainda que verse sobre assunto tão sério, justifica-se o visionamento do filme, e como já referi anteriormente aquando da passagem de "Manufacturing Dissent" pelo Doc Lisboa, Moore consegue trazer à ordem do dia assuntos que de outra forma estariam adormecidos. Para o bem para o mal é também nisso que reside o seu mérito.
http://www.sicko-themovie.com

2 comentários:

Anónimo disse...

Michael Moore além de um competente diretor mostra através de seus filmes e documetários o outro lado da moeda, ou seja, mostra aos receptores os podres dos Estados Unidos que nunca são mostrados, sobretudo no Brasil. Como um país que nem sequer respeita a vida pode ser considerado o mais desenvolvido do mundo? De que adianta dominar o capital e deixar milhares de pessoas morrerem simplesmente para acumularem cada vez mais lucros? é justamente isso que Michael Moore transmite com o Sicko: SOS Saúde. Achei realmente os recursos utilizados por ele de alto nível e de extrema sensibilidade.

Anónimo disse...

Michael Moore além de um competente diretor mostra através de seus filmes e documetários o outro lado da moeda, ou seja, mostra aos receptores os podres dos Estados Unidos que nunca são mostrados, sobretudo no Brasil. Como um país que nem sequer respeita a vida pode ser considerado o mais desenvolvido do mundo? De que adianta dominar o capital e deixar milhares de pessoas morrerem simplesmente para acumularem cada vez mais lucros? é justamente isso que Michael Moore transmite com o Sicko: SOS Saúde. Achei realmente os recursos utilizados por ele de alto nível e de extrema sensibilidade.