sexta-feira, maio 01, 2009

Helen, de Christine Molloy, Joe Lawlor (2008)

Indie Lisboa 2009
Helen é o nome de uma adolescente orfã que aceita representar outra adolescente, Joy, desaparecida sem rasto, numa reconstituição criminal. À partida estamos perante uma história pouco interessante, mas este filme veio revelar-se como uma interessante narrativa sobre o preechimento de vazios na vida de pessoas que procuram um rumo para seguir em frente. A partir do momento em que Helen encarna a personagem de Joy, começa a tomar o lugar desta. Ao tentar saber um pouco mais de Joy, conhecendo a família e o namorado desta, Helen vai-se conhecendo e descobrindo também a si própria e vai-se dando a conhecer. Na verdade Helen, embora não ocupe o lugar de Joy, ajuda de certa forma os pais desta a superar a dor da perda de uma filha. Mas o que é de facto central nesta história é a oportunidade que Helen tem de reflectir sobre si própria e sobre o que quer do futuro, numa altura em que alcança os 18 anos e finalmente vai sair da sua casa de acolhimento. Um filme com longos planos sequência do ponto de vista formal, a fazer lembrar Gus Van Sant, em "Paranoid Park". Uma boa surpresa do Indie Lisboa deste ano. O filme estreia hoje no Reino Unido.

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